Especialidades

 

TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL SISTÊMICA

São muitas as formas de viver em família. Família monoparental, família nuclear, família homoafetiva, família recasada, família sócio afetiva e muitas outras. Não podemos dizer que há um modelo único, muito menos que há o modelo certo ou errado de convivência familiar.

A Terapia de Familiar e de Casal Sistêmica contempla a diversidade, e engloba os valores culturais e sociais para a aplicação de sua prática.

Descreve a família como a “matriz de identidade” das relações, sendo esta, o primeiro cenário de troca, aprendizado e vínculos, independentemente de sua configuração.

Preconiza também que o “problema” de um dos membros tem uma razão (“função”) por existir e deve ser compreendido como um fenômeno relacional, gerado no percurso da vida e dinâmica familiar.

Para nós terapeutas familiares, a queixa apresentada (Ex.: Diagnóstico psiquiátrico, problemas de comportamento, crise familiar…) dificilmente refere-se a uma única causa. São vários fatores, dos membros e entre os membros de uma família, que podem resultar em padrões de convivências mais ou menos disfuncionais.

A Terapia Familiar e de Casal Sistêmica busca compreender a qualidade e a forma desses padrões para promover mudanças significativas. Seus benefícios são inúmeros, como a redução do estresse e tensões familiares; redução do impacto do problema; descentraliza a ideia de culpa e estimula maior comprometimento do todo para a convivência familiar e ou do casal; auxilia na resolução de problemas; serve como mediação para questões das fases do ciclo de vida familiar – como por exemplo: o adolescente e seus pais, e consequentemente melhora a qualidade de relacionamento do núcleo familiar. Além disso, contempla a melhora da comunicação, habilidades e acordos mais colaborativos entre os membros da família.

 

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Para tratar a dependência química, assim como qualquer outra condição de saúde, é imprescindível um diagnóstico apurado. Entretanto, a complexidade da dependência química, que envolve questões ambientais, sociais, psicológicas, além de farmacológicas e genéticas, pode contribuir para diferentes visões e interpretações do que seria considerado dependência.

Há diferenças importantes a saber entre o uso (experi­mental, esporádico ou episódico); abuso ou uso nocivo (consumo de substâncias associado a algum prejuízo) e, por fim, dependência (consumo sem controle, geralmente associado a problemas sérios para o usuário).

Segundo a Classificação Internacional de Doenças, Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamentos da CID-10 (Organização Mundial da Saúde, 1992), a Dependência Química é descrita por um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância – ou uma classe de substâncias – alcança uma prioridade maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham valor. Um diagnóstico de dependência deve usualmente ser feito somente se três ou mais dos seguintes critérios tiverem sido experienciados durante o período de 12 meses:

  • Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância.
  • Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de início, término ou níveis de consumo.
  • Um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, evidenciado por síndrome de abstinência característica para a substância ou o uso da mesma substância (ou uma intimamente relacionada) com a intenção de evitar ou aliviar sintomas de abstinência.
  • Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas.
  • Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessário para obter ou tomar a substância ou para se recuperar de seus efeitos.
  • Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente nocivas, tais como dano do fígado por consumo excessivo de bebidas alcoólicas, estados de humor depressivos consequentes a períodos de consumo excessivo da substância ou comprometimento do funcionamento cognitivo relacionado à droga.

Em termos gerais é fundamental compreende-la como doença crônica, que requer a motivação da pessoa que apresenta o problema, assim como de sua família. A mudança não vira rapidamente, refere-se a um processo, ainda mais quando o problema já está instalado por bastante tempo na vida da pessoa.

Além disso, seu tratamento contempla o enfoque físico (desintoxicação, medicação) e psicológico (Suporte emocional, e enfoque às habilidades e comportamento).

 

EDUCAÇÃO EM SEXUALIDADE

Atualmente, identificamos a discussão de temas afeitos à sexualidade humana nos diferentes processos sociais. Esse movimento gera transformações significativas que requerem cuidado e atenção.

As novas concepções sobre o comportamento sexual e sobre as relações de gênero, expressam mudanças na construção das suas relações. Isto amplia o reconhecimento de arranjos familiares, papeis na sociedade e validação de direitos.

O educador em Sexualidade ou Terapeuta Sexual, recebe uma formação teórica e prática para o manejo educacional e/ou para questões presentes na magnitude da sexualidade do indivíduo, casal e família.

Tais questões englobam orientação sexual, diversidade, identidade, relações abusivas, gênero, prevenção, ciclo de vida da sexualidade, aspectos éticos e culturais, bem como, inadequações sexuais, desejo ou falta dele, parafílias , associações com outros aspectos como saúde mental x sexual, outras questões inerentes às relações e arranjos familiares.